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Finanças

Dólar fecha em queda com posse de Trump e intervenções do BC

Nesta segunda-feira (20), o dólar à vista encerrou em baixa frente ao real, com desvalorização de 0,38%, cotado a R$ 6,0420. O movimento foi influenciado pela posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e pela realização de dois leilões de linha promovidos pelo Banco Central (BC) brasileiro na parte da manhã.

Cenário internacional

O mercado global estava atento às medidas esperadas do novo governo Trump. Fontes indicaram que o presidente planeja assinar mais de 100 decretos ainda hoje, abordando temas como controle de imigração, exploração de petróleo e possíveis tarifas de importação.

Essas ações, consideradas por analistas como inflacionárias, podem levar o Federal Reserve (Fed) a manter taxas de juros mais altas, favorecendo o dólar e os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

No entanto, os impactos imediatos das decisões de Trump só devem ser sentidos na terça-feira (21), já que as bolsas dos EUA estavam fechadas devido ao feriado de Martin Luther King Jr.

“Investidores aguardam para ver se realmente algo será anunciado e quais poderão ser os impactos sobre a economia global”, destacou Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado.

Cenário doméstico

No Brasil, a moeda norte-americana também foi influenciada pelas intervenções do BC. Nesta segunda-feira, a autoridade monetária realizou dois leilões de linha, com uma oferta total de US$ 2 bilhões, marcando a primeira intervenção cambial sob o comando de Gabriel Galípolo.

  • Leilão A: realizado entre 10h20 e 10h25, ofertou US$ 1 bilhão, com recompra prevista para novembro de 2025.
  • Leilão B: ocorreu entre 10h40 e 10h45, também com US$ 1 bilhão ofertado e recompra para dezembro de 2025.

No fim de 2024, o BC já havia vendido um total de US$ 32,6 bilhões em leilões extras para atender à alta demanda pela moeda no período de festas, incluindo operações de linha e vendas sem recompra.

Bolsa brasileira e juros

Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou avanço de 0,41%, fechando a 122.855,15 pontos. O desempenho foi impulsionado pelo alívio nos juros futuros, sinalizando um otimismo moderado no médio e longo prazo.

“O mercado precifica um leve otimismo para o médio e longo prazo, refletido na queda dos juros futuros”, avaliou Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos.

No Boletim Focus divulgado hoje, analistas revisaram suas projeções para a economia brasileira:

  • Taxa Selic: expectativa de 12,25% ao final de 2025, ante 12,00% na semana anterior.
  • Inflação: previsões ajustadas para cima nos anos de 2025 e 2026.

A divulgação reforça a preocupação do mercado com o cenário fiscal, em meio ao impacto de medidas como a reforma do Imposto de Renda e propostas de contenção de gastos anunciadas no fim de 2024.


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